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Comércio de produtos usados cresce durante a pandemia

Varejo de roupas, sapatos, livros e outros itens de segunda mão cresce 127% em São Paulo nos últimos dois anos, com forte presença online
Por Redação
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Entre as mudanças do comportamento do consumidor no período da pandemia de Covid-19, a compra e venda de produtos usados parece ter se consolidado entre os brasileiros. Apenas no Estado de São Paulo, o número de pequenos negócios do comércio varejista de produtos usados – o que inclui brechós, lojas de antiguidades e sebos de livros e revistas – registrou aumento de 127% entre o primeiro semestre de 2020 e o primeiro semestre de 2022.

Atualmente, há 6996 estabelecimentos do tipo em atividade no Estado, mas apenas nos seis primeiros meses deste ano foram abertas 726 empresas de comércio de usados, sendo 505 delas apenas na Capital. No Brasil como um todo, foram 2308 pequenos negócios do setor abertos no primeiro semestre de 2022.

Vários fatores podem explicar a tendência, como a praticidade de comprar e vender produtos de segunda mão em aplicativos e e-commerces especializados; a necessidade de economizar em um período de restrições financeiras; e, finalmente, o crescimento do consumo consciente e de atitudes em relação à sustentabilidade. “Muitas pessoas começaram vendendo produtos usados em grupos no WhatsApp na pandemia e perceberam que isso poderia se transformar em um negócio”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Marco Vinholi. “Esse é um setor muito promissor, mas o empreendedor não pode esquecer que, como todo negócio, exige planejamento e capacitação”, lembra.

Para quem está empreendendo na área ou está pensando em abrir um negócio de usados, o Sebrae-SP orienta a investir na divulgação nas redes sociais e procurar marketplaces e plataformas de vendas que possam ser adequadas para o volume de produtos comercializados e para o perfil do comprador. “Embora os brechós e sebos tradicionais continuem a atrair clientes, a grande fatia dos consumidores de usados está na internet. Com uma presença online forte, possível encontrar gente querendo ‘desapegar’ e comprar roupas, móveis, itens de decoração e livros usados no Brasil inteiro”, diz Vinholi.

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