
A transformação digital chegou ao mercado há pouco tempo e, mesmo que a empresa tenha iniciado as atividades há 50, 30, dez anos, a grande maioria dos empreendedores tem se reinventado para acompanhar as novidades do mercado e se adequar aos novos – e modernos – clientes.
Aldo Batista, consultor de negócios do Sebrae-SP, explica que a tecnologia – e todas as facilidades que ela proporciona – são benéficas para praticamente todos os empreendimentos. “Seja uma confeitaria, uma barbearia ou uma loja de semijoias, as redes sociais, as plataformas digitais de pagamento e os aplicativos para troca de mensagens, tudo faz parte das novidades e, com certeza, vieram para somar e melhorar as vendas.”
Segundo dados do Sebrae-SP a partir do Portal do Empreendedor, mais de 23% dos MEIs de Campinas vendem pela internet, ou seja, não têm estabelecimento fixo. “Essa é uma tendência que vem se confirmando, afinal, os custos diminuem e o alcance se torna mais amplo. Tem muitos MEIs daqui de Campinas e região que vendem para o Brasil todo”, comenta Batista.
O consultor faz questão de ressaltar que mais de 50% dos MEIs de Campinas têm entre 18 e 40 anos, ou seja, eles fazem parte de um grupo mais jovem, antenado nas novidades e, principalmente, on-line nas redes sociais. “Essa facilidade faz toda a diferença: a mescla entre os Millennials e a Geração Z traz esse impacto positivo para os empreendimentos.”
A inteligência artificial, segundo Aldo, veio para ficar e já tem feito a diferença em muitos pequenos negócios. “Seja na criação de um texto persuasivo para vender ou até numa campanha promocional, é essencial que tudo esteja escrito corretamente e, o mais importante, que todos possam entender a mensagem passada.”
Exemplos bem-sucedidos
Rayane Camargo é consultora de imagem há cinco anos e, atualmente, mora na Alemanha. Ela diz que, para continuar atuando na sua área e atender as clientes brasileiras, as redes sociais são essenciais. “Elas facilitam no impulsionamento do meu perfil e mostram os meus serviços para quem está procurando. Além disso, os aplicativos de mensagens ajudam muito nos atendimentos, já que as chamadas de vídeo são fundamentais para a minha proximidade com a cliente e execução do serviço.”
Luísa Caroline da Silva tem uma empresa de geleias e antepastos, a Lutrichef, e utiliza as redes sociais desde o início do seu negócio. “Foi dessa forma que consegui alcançar meus primeiros clientes e, com o tempo, comecei a entender melhor como utilizar as plataformas para me conectar com um público maior.” Ela disse que esse aprendizado fez toda a diferença, pois, além de vender, ela pode mostrar sua história, o propósito e os valores por trás da sua marca e, sem dúvidas, vislumbrar o crescimento do negócio. “As redes sociais me permitem alcançar pessoas que talvez nunca conhecessem meus produtos presencialmente. A possibilidade de vender diretamente pelo e-commerce amplia meu alcance para todo o Brasil, algo que estou apostando fortemente em 2025.”
Para finalizar, Luísa dá um conselho para os empreendedores e empreendedoras que queiram começar a usar as redes sociais para alcançar novos públicos. “Seja autêntico e mostre seu produto ou serviço da forma mais clara possível: use fotos, vídeos, depoimentos de clientes para gerar credibilidade e não esqueça de manter uma frequência de publicações e interagir com os seus seguidores.”