Um estudo do Observatório Sebrae Startups revelou números expressivos sobre o cenário de negócios inovadores no estado de São Paulo. No total, foram identificadas 4.038 startups em todo o território paulista. No Oeste Paulista são 42 startups, sendo 31 delas em Presidente Prudente, seis em Adamantina e Álvares Machado, Dracena, Osvaldo Cruz, Pirapozinho e Rancharia contam com uma startup em cada município.
O Sebrae For Startups é dedicado ao apoio e desenvolvimento de startups paulistas, com a missão de fomentar o empreendedorismo inovador e facilitar a conexão entre as startups e o ecossistema de inovação. Por meio dessa iniciativa, mais de 20 mil pessoas já foram impactadas, com mais de R$ 40 milhões investidos em participação e R$ 90 milhões em recursos de subvenção.
As startups são formadas por empreendedores em busca de um modelo de negócio escalável e repetível, que operam em condições de extrema incerteza. O modelo de negócio mais adotado por essas empresas é o B2B, que representa 55,7% do total. Além disso, 34,48% das startups paulistas já estão em fase de crescimento, com o modelo de receita baseado em assinatura (SaaS) sendo o mais utilizado, presente em 40,65% das empresas.
Entre os principais setores atendidos pelas startups estão Saúde e Bem-Estar (15,43%), Tecnologia da Informação (15,09%), Educação (13,41%) e Agronegócio (11,22%). Um exemplo é José dos Reis, médico que, em 2023, decidiu lançar com amigos uma startup voltada para a cardiologia. A plataforma já está em uso pelas prefeituras do Oeste Paulista.
“Nossa solução também foi adaptada para hospitais privados. O clínico geral, ao se deparar com um exame, pode inserir os dados em nosso aplicativo e contar com o suporte de um cardiologista para interpretar o resultado e seguir a melhor conduta. Estamos em fase inicial e, neste ano, contamos com o apoio do Sebrae-SP para participar de mentorias, o que é essencial para alcançar nossos objetivos”, contou o médico empreendedor.
Já as chamadas Deep Techs, startups que se baseiam em descobertas científicas ou engenharia avançada, também se destacam no ecossistema, oferecendo soluções para problemas complexos da sociedade.
O estudo também evidenciou que a maioria das startups paulistas está em busca de investimentos para resultados de seu crescimento, com o fomento público sendo a principal fonte de capital, seguido pelos investidores-anjo. Além disso, há uma diversificação nas formas de financiamento, com startups explorando programas de aceleração e redes pessoais.
“O estudo do Observatório Sebrae Startups revela um número expressivo de negócios disruptivos no Oeste Paulista. É inegável que as startups representam o futuro e o Sebrae-SP está sempre de portas abertas para apoiar e facilitar o crescimento desse tipo de negócio”, destacou José Carlos Cavalcante, gerente regional do Sebrae-SP.