A Páscoa de 2025 impulsiona a economia e o mercado de trabalho, mas apresenta um cenário desafiador para os empreendedores com a alta nos preços da matéria-prima. De acordo com o Sebrae-SP, a data vai exigir criatividade dos empresários para lidar com o aumento do cacau e atrair os consumidores.
Para este ano, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) prevê a produção de mais de 45 milhões de ovos de Páscoa. Serão mais de 800 produtos, sendo 94 lançamentos. Entre as novidades, há opções sem açúcar, veganas, sem glúten e sem lactose, além de combinações inovadoras com frutas e oleaginosas.
A instituição também aponta um aumento de 26% na contratação de empregos temporários, totalizando 9.696 novas vagas no país. Mais de 20% dessas vagas podem se tornar efetivas, gerando impacto direto no desenvolvimento econômico e na inclusão profissional.
Impacto local da alta do cacau
Apesar dos desafios econômicos e da alta do cacau no mercado internacional, a indústria do chocolate mantém sua estabilidade, com uma produção de 806 mil toneladas. No entanto, tanto empresários quanto consumidores sentirão o impacto no bolso: com a matéria-prima mais cara, os ovos de Páscoa também ficaram mais caros.
Para superar as objeções de compra, os empreendedores precisarão de mais criatividade, explica a consultora de negócios do Sebrae-SP Simone Haduo. “Todos precisarão reduzir custos e, para isso, podem ajustar o tamanho dos produtos, economizar em embalagens ao escolher materiais mais simples e menos ornamentados e flexibilizar os pagamentos, aceitando cartão de crédito, vale-alimentação e outras formas de pagamento”, destaca.
“Além disso, é fundamental engajar os clientes no processo de compra, algo que as grandes empresas já vêm fazendo. Um exemplo disso é o lançamento de produtos temáticos com personagens nostálgicos, criando uma conexão emocional que desperta o desejo de compra”, completa Simone.
Em São José do Rio Preto, segundo o Sebrae, 995 Microempreendedores Individuais (MEIs) e pequenas empresas aproveitam a alta demanda da Páscoa para impulsionar seus negócios, reforçando a relevância da cidade na cadeia produtiva do chocolate.