Uma pesquisa do Sebrae-SP mostrou que o número de pequenos negócios voltados ao fornecimento de marmitas na região de Ourinhos – que inclui Águas de Santa Bárbara, Bernardino de Campos, Canitar, Cerqueira César, Chavantes, Espírito Santo do Turvo, Fartura, Iaras, Ipaussu, Itaí, Manduri, Óleo, Piraju, Ribeirão do Sul, Salto Grande, Santa Cruz do Rio Pardo, São Pedro do Turvo, Sarutaiá, Taguaí, Taquarituba, Tejupá e Timburi – passou de 171 em 2018 para 564 ao final de 2023. O crescimento representa a criação de 393 empreendimentos no período, um aumento médio anual de 27%.
Até março (dados mais recentes), são 569 empreendimentos do tipo na região. A pesquisa também mostrou que a maioria desses pequenos negócios, até março de 2024, estão registrados como MEIs. No total, são 514 Microempreendedores Individuais e, destes, o maior número se encontra na cidade de Ourinhos, com 181.
O levantamento verificou também as preferências do consumidor. Nesse sentido, mostrou que as refeições mais procuradas em marmitas são os pratos tradicionais, mencionados por 73% dos entrevistados. Os alimentos saudáveis vêm em segundo lugar, com 61% das citações, e 56% optam por refeições de culinária específica ou internacional.
Como complemento do pedido, 73% dos consumidores disseram pedir bebidas como água suco, refrigerantes e vitaminas; 18% optam por sobremesas como frutas e doces e 14% incluem saladas e pães.
“A busca pela independência ou melhoria financeira faz com que cada vez mais as pessoas busquem a praticidade do serviço de alimentação fora do lar. O aumento desse serviço reflete o aumento dos demais, mostrando o quão essencial é essa prestação de serviço para o crescimento do ‘todo’ empresarial”, opinou Leandro Lourenço, gerente regional do Sebrae-SP.
A maior parte dos consumidores, isto é, 63%, gasta, em média, entre R$ 20 e R$ 30 por refeição, O pagamento de 89% é feito via PIX; 68% com vale-alimentação e 54% com cartão de crédito.
Cerca de metade dos consumidores (49%) afirmou consumir marmitas de duas a três vezes por semana e a sexta-feira é o dia de maior demanda, com 70% das respostas dos entrevistados. O segundo dia com maior procura por marmita é o sábado (54%), seguido da quinta-feira (51%).
O pedido costuma ser feito principalmente por meio de aplicativos de entrega (82%) e restaurantes (79%). Os sites especializados em marmitas recebem 28% das solicitações.
A motivação para pedir vem em primeiro lugar pela praticidade e economia de tempo, segundo 77% dos entrevistados; 45% afirmaram ter essa opção para evitar desperdício.
Metodologia
A pesquisa foi feita com 400 pessoas do Estado de São Paulo, com 18 anos ou mais, por e-mail. A amostra é proporcional à população por localidade, o que inclui o município de São Paulo, demais cidades da região metropolitana de São Paulo e interior, faixa etária e classe econômica, considerando as projeções de população do IBGE para 2020 e a população por classe de consumo, conforme o IPC Maps 2020 (IPC Marketing Editora).