ASN SP
Compartilhe

Matheus Muniz, da Slave Wave: do balcão para o WhatsApp

Empresário mudou as estrategias de entrega devido a pandemia do coronavírus
Por Ana Carolina Nunes
ASN SP
Compartilhe

Analytics, SEO, Google Ads, hashtags, newsletter. Palavras que são bastante comuns quando se fala em marketing digital, mas que não faziam parte da rotina do empreendedor Matheus Muniz. Arquiteto de formação, ele sempre atuou nos negócios da família: uma fábrica que produz cerca de 8 mil peças mensais para três lojas de roupas femininas que vendem por atacado.

Com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, Muniz se viu obrigado a mergulhar nos conceitos e estratégias de marketing digital para manter os negócios ativos – agora no e-commerce criado no ano passado, mas que praticamente não tinha operação

O investimento no marketing digital foi fundamental para divulgar o novo endereço da marca, a Slave Wave, que até então, tinha portas abertas nos dois principais centros de compras de vestuário na região central de São Paulo, Brás e Bom Retiro. “Montei o e-commerce em outubro, me preparando para em algum momento começar a vender online também”, conta. E esse momento chegou: muito antes do planejado e de maneira abrupta

Com o fechamento do comércio de rua, Muniz também precisou fazer alterações para vender online, começando pela equipe do balcão, que passou a vender pelo WhatsApp. Além do novo canal de vendas, as vendedoras tiveram de adaptar também sua memória. “Elas vendiam peças pensando no estoque que elas lembravam da loja, mas não tínhamos mais aquela opção de cor ou tamanho, foi preciso treiná-las para um novo modelo mental de estoque, que agora está centralizado”, relata.

Até porque a fábrica enxugou seu mix de peças de vestuário para, além de facilitar a operação, poder incluir na linha de produção a confecção de máscaras de tecido e uniformes, que têm abastecido mercados de bairro e motéis.

Com a “mudança” das lojas para o endereço virtual, foi preciso rever outros detalhes da operação. Além de mais assertividade na comunicação na internet e impulsionamento de posts nas redes sociais, a Slave Wave reduziu os preços para atacado, passou a vender no varejo, aumentou possibilidade de parcelamento, caprichou na descrição das peças – fator fundamental nas vendas online – e se dedicou mais ao pós-venda.

As ações estão valendo a pena. O site, que até então era mais “um catálogo básico online do que um e-commerce”, como o próprio Muniz define, agora responde por praticamente o mesmo faturamento médio das lojas físicas. “Sabemos que roupa não é prioridade neste momento, mas temos que nos adaptar. As pessoas estão trabalhando em casa, então passei a usar imagens nesse contexto”, conta.

O empresário avalia que o consumo vai diminuir, mas acredita que terá clientes mais fiéis após a crise. “Estamos estreitando nossa relação com os clientes e ganhando novas frentes de ação no comércio online, lojas de outros Estados estão nos descobrindo”. Com os resultados positivos, Muniz já revê seu modelo de negócio para a retomada. “Mesmo com a reabertura, vou manter a agressividade das ações e promoções do e-commerce.”
Há pouco mais de seis meses, o publicitário Eduardo Mota havia inaugurado o Alegremente – Espaço de Brincar na cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. O espaço tinha como proposta reunir crianças durante o contraturno da escola para brincar, explorando experiências e a memória afetiva.

O serviço funciona por compra de pacotes de horas para usar ao longo do mês e as crianças podem frequentar o espaço acompanhadas dos pais ou sozinhas a partir dos 3 anos de idade. “A ideia é criar o vínculo com as famílias, resgatando atividades antigas, usando muita textura, material visual, contação de história e oficina de música, como uma maneira também de fortalecer a inteligência emocional”, explica Mota.

  • Marketing digital;