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Durante as festas de fim de ano, férias e feriados prolongados, cresce a procura por serviços especializados de cuidados com animais de estimação. Em Campinas, a atividade de alojamento de animais domésticos, que inclui hotéis e creches para cães, já reúne 104 empreendimentos, demonstrando a consolidação do segmento e sua relevância para a economia local.
De acordo com dados do Data Sebrae, o município conta atualmente com 84 Microempreendedores Individuais (MEIs) e 20 microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs) atuando nesse ramo.
Para além dos números, o segmento exige características específicas de quem deseja empreender, como afinidade com animais, responsabilidade e preparo para lidar com diferentes perfis de pets, além de atenção constante às exigências do mercado e às expectativas dos tutores.
Para Nilcio Freitas, gerente regional do Sebrae-SP em Campinas, o crescimento desse tipo de negócio reforça a importância da profissionalização e da gestão adequada. “É fundamental gostar de animais e ter vocação para cuidar deles, mas também é preciso olhar o negócio como empresa, entender o mercado, planejar investimentos e se preparar para os períodos de maior demanda”, destaca.
Segundo ele, o Sebrae-SP atua apoiando os pequenos negócios com orientação em gestão, planejamento financeiro, precificação e adequação às exigências legais, contribuindo para que os empreendedores cresçam de forma estruturada e sustentável.
O gerente é também tutor da Amora e conta que já a deixou algumas vezes em hotel. “Cheguei até ao lugar por indicação e, atualmente, faço meu papel de indicar para outros tutores. É necessário sentir confiança na pessoa que vai cuidar do seu animalzinho, esse é o primeiro ponto a considerar.”
Cleber Mathias, proprietário do Hotel Pet São Francisco, conta que a abertura do hotel para cães surgiu de forma natural, a partir da relação de confiança construída com os clientes do pet shop e do banho e tosa. “O hotel não foi algo planejado no início. Os próprios clientes começaram a pedir indicações e, como não tínhamos quem recomendar, acabavam deixando um, dois, às vezes até três pets com a gente. A confiança já existia, e percebemos que havia uma demanda real”, explica. Segundo ele, mesmo antes de uma estrutura adequada, a procura continuava crescendo, o que motivou o investimento em um espaço adaptado, focado no bem-estar, na rotina e na convivência entre os cães.
De acordo com Cleber, a demanda por hotéis e creches para cães aumenta significativamente em períodos de férias, feriados prolongados e festas de fim de ano, quando muitas famílias viajam. “As pessoas procuram um local onde o pet não fique sozinho, tenha contato com outros cães e receba cuidado o tempo todo. Aqui, eles mantêm uma rotina ativa, acompanhados por profissionais”, afirma. Para atender ao aumento da procura, o hotel trabalha com reservas antecipadas, reforço na equipe e ajustes operacionais típicos da alta temporada. “Criar esse vínculo ao longo do ano faz toda a diferença. Quando chega a época de viajar, o tutor já sabe que o pet ficará em um ambiente seguro e familiar”, finaliza.
