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Fórum ESG de Barretos reforça que empresas comprometidas com o futuro colhem melhores resultados

Realizado nesta quarta-feira, 8, evento reuniu lideranças, empresários e estudantes
Por Redação
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A primeira edição do Fórum ESG de Barretos foi realizada nesta quarta-feira, dia 8, no auditório do Núcleo Jurídico do Unifeb. O evento é uma iniciativa do projeto “Mãos pela Água”, uma parceria entre Sebrae-SP, Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Barretos, Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Um dos destaques do Fórum foi a participação da psicanalista e executiva de recursos humanos Ana Tomazelli, que é referência internacional em ESG e transformação empresarial. Ana ministrou palestra “Sem Gente Não Tem ESG”.

“O segredo está nas relações das pessoas e no poder que elas têm de criar vínculos de confiança. É por meio delas que alcançamos impactos reais nos empreendimentos, tanto em governança quanto em resultados sociais. Os empresários precisam compreender que têm uma função social que vai além da geração de empregos. O ‘S’ do ESG está relacionado à construção de relações sólidas, que fortalecem a sociedade e contribuem para o bem comum”, pontuou.

Ana Tomazelli é fundadora e diretora-presidente do Ipefem, uma ONG que realiza pesquisas e educação baseadas em dados sobre saúde mental e questões de gênero. Com mais de 20 anos de experiência em diversas áreas e funções, é coaching e mentora de carreira, já atendeu mais de 9 mil pessoas e 150 empresas em 12 países desde 2019.

O evento registrou a presença de mais de 110 participantes, entre lideranças, empresários e estudantes. Foram apresentados casos de sucesso de empresas de Barretos e região que já implementam ações de sustentabilidade em seus negócios, iniciativas que geraram economia interna, aumentaram a produtividade das equipes e contribuíram com o meio ambiente.

A produtora de café Ana Carolina Columbeli, dona da marca “Ouro Branco Café”, da cidade de Pirangi, compartilhou as práticas sustentáveis adotadas na propriedade, que tem também avicultura, baseadas na economia circular. “Utilizo a palha do café, que é um subproduto, como forração, uma ‘cama’ para os pintinhos. Após cinco engordas, esse material retorna à lavoura como adubo. Também usamos a palha como substrato no nosso biocompostador, que transforma aves descartadas em adubo orgânico para o café. Além disso, geramos nossa própria energia por meio de painéis fotovoltaicos, uma fonte limpa e renovável”, explicou.

Ainda de acordo com Ana Carolina, há cerca de quatro anos a propriedade passou a investir em sustentabilidade, o que trouxe ganhos econômicos e de produtividade, além da valorização do produto. “É um diferencial para a propriedade. O cliente percebe esse cuidado e paga um pouco mais por isso, pois reconhece que a empresa se preocupa com o meio ambiente. Hoje, o consumidor valoriza não só a qualidade, mas também o processo de produção e o impacto ambiental. Isso torna o café ainda mais especial”, destacou.

O empresário Paulo Malanchino, da ATSI Mecânica Avançada, de Barretos, reforçou que o cuidado com o meio ambiente sempre fez parte da rotina da oficina. “Desde 2019, adotamos práticas como coleta seletiva, descarte correto do óleo e treinamentos internos, porque acreditamos que é nosso dever deixar um legado sustentável para as próximas gerações”, afirmou Malanchino.

Para o gerente regional do Sebrae-SP Rafael Matos do Carmo, o conceito ESG é atual, urgente e transformador da sociedade. “As práticas ESG devem ser implementadas em empresas de qualquer segmento, pois impactam pessoas, o meio ambiente e a comunidade em que estão inseridas. Hoje, os negócios não são mais avaliados apenas pelos lucros, mas também pelas práticas sustentáveis que desenvolvem e aplicam”, ressaltou.

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