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Alunos de Apiaí realizam feiras para mostrar o potencial empreendedor à comunidade

Entusiasmo, organização e muita vontade de empreender marcaram as feiras do programa ‘Jovens Empreendedores Primeiros Passos’
Por Redação
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Os alunos dos 4º e 5º anos de quatro escolas de Apiaí participaram de feiras de empreendedorismo previstas no programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (Jepp), uma iniciativa do Sebrae-SP em parceria com a Prefeitura e a Secretaria Municipal da Educação.

Durante três meses, os estudantes das escolas Professora Elisa dos Santos, Apoiando a Liberdade de Aprender (ALA), Professora Helena Pinheiro Klinguelfuss e Professora Honorina Albuquerque participaram da capacitação. Destinado a fomentar a educação e a cultura empreendedora, o Jepp estimula a criatividade e o pensamento crítico das crianças, incentivando-as a sonhar e a ter vontade de realizar os seus sonhos.

Depois de todo o conhecimento adquirido em sala de aula e de criarem alguns projetos e invenções, o curso culminou com a realização da feira, em que os alunos puderam mostrar à comunidade todo o seu potencial de criação e empreendedorismo e comercializar produtos.

Na Escola ALA, a ‘Feira de Jovens Empreendedores’ foi realizada no dia 8 de novembro, com o show de talentos. Já na Escola Professora Elisa Santos, o evento ocorreu no dia 9, com a venda de produtos. Nas Escolas Helena Pinheiro Klinguelfuss e Professora Honorina Albuquerque, a feira ocorreu no dia 19, onde os alunos realizaram a apresentação do projeto ao público e puderam vender lanches, pulseiras, chaveiros e quadros, os quais foram fabricados por eles.

Para Gabriela Campos, aluna do quinto ano da Escola Honorina Albuquerque, participar do Jepp foi uma experiência incrível, na qual aprendeu muitas técnicas de vendas e como lidar com o dinheiro. “Eu achei bem legal e nos ensina bastante. Aprendi a vender e a fazer muitas outras coisas como cálculos de dinheiro e a mexer com a máquina de cartão. A partir de agora eu tenho mais consciência do que eu posso ou não posso fazer com o dinheiro”, confessa.

O Jepp movimentou as unidades de ensino e acabou envolvendo todos. Educadora há mais de 23 anos, Elisete Mendes, diretora das Escolas Honorina e Helena, conta que o programa gerou muito aprendizado a todos os envolvidos e que no início ficou apreensiva, pois não sabia ao certo como ele impactaria os alunos e professores. “O projeto foi um grande aprendizado, tanto para nós, quanto para as crianças. No início fiquei um pouco apreensiva com essa novidade, mas quando vi o produto final, fiquei maravilhada e com uma satisfação enorme”, diz.

“Que isso possa se estender a outras escolas, porque é muito importante as crianças desde pequenas, já terem o espírito de jovem empreendedor. Além de trabalhar o empreendedorismo, o Jepp trabalha a multidisciplinaridade”, completou.

Assim como a diretora, a secretária municipal da Educação, Rosângela Aliaga, também ficou receosa no início com o JEPP, mas que após o resultado, o programa deverá ser expandido para outras escolas e séries. “Eu fiquei muito feliz de ver o resultado desse trabalho nas escolas. Posso afirmar que 100% das nossas crianças, pela devolutiva que elas nos deram, aprenderam muito. Eu fiquei impressionada em ver a oratória de cada um. Eu observei uma parte dos alunos fazendo as contas de cabeça para voltar o troco, utilizando equipamentos modernos como o que nós usamos hoje, que é o Pix, por meio do QR Code”, conta.

“Fiquei tocada em ver que estão sendo preparados para o futuro e muitos, inclusive, me disseram que têm, a partir de agora, vontade de empreender. Tudo aquilo que é bom para as nossas crianças, nós temos que abraçar”, ressaltou.

O empreendedor Wellington Rodrigues, proprietário de uma lanchonete no centro da cidade, marcou presença na feira e foi voluntário durante o programa. “Fiquei feliz com o projeto, no qual pudemos atuar em dois momentos: fizemos uma palestra para os alunos, contando a nossa história e sobre os processos de produção. Em um segundo momento eles visitaram a nossa lanchonete e puderam ver as bancadas, as mesas, os manuais, enfim, ficamos muito contentes em poder participar e agora ver na prática o projeto acontecendo. Acredito que vai impactar bastante no futuro deles e, principalmente, em suas casas com uma mentalidade empreendedora”, concluiu.

De acordo com a supervisora educacional Maria Goretti Munhão, o Jepp ensina o aluno em sua integralidade e veio para fazer história no município. “A apostila vem muito bem estruturada. É um conhecimento que vai sendo adquirido pelas crianças gradativamente e quando chega ao final eles estão preparados. Pudemos ver o quanto aprenderam, ficaram motivados e o quanto são capazes. Pudemos perceber a questão do protagonismo do aluno, da educação financeira e do trabalho coletivo, de equipe, de reconhecer o valor do outro, isso é desenvolver o aluno na sua integralidade”, elencou.

Segundo a assessora pedagógica Juliane Fortes, o Jepp foi uma parceria de sucesso para os alunos. “As atividades do programa tiveram grande importância e significado, proporcionando atitudes, capacidades e valores por meio do empreendedorismo, não limitado ao, digamos, mundo dos negócios, mas também nossos estudantes desenvolveram a autonomia e a capacidade de resolver problemas, impactando em suas vidas não só na sociedade, como no desenvolvimento escolar. As famílias também foram impactadas participando de todo o processo, incentivando e muitas das vezes ajudando nas tarefas. Muitas famílias puderam aprender sobre empreender e colaborar com as atividades de seus filhos, principalmente prestigiando a feira de finalização do programa”, concluiu.

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