Agência Sebrae de Notícias

Com o apoio do Sebrae-SP, a Cadeia Produtiva Local (CPL) da Agricultura Familiar de Araras foi oficialmente reconhecida pelo programa SP Produz, iniciativa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico que estimula a auto-organização de grupos de empresas do mesmo setor para promover o desenvolvimento regional e aumentar a competitividade. O edital de reconhecimento, publicado neste mês, destaca as estratégias de expansão e as ações de inovação previstas no planejamento estratégico.

Além de Araras, outras duas CPLs da região também foram reconhecidas com o apoio do Escritório Regional do Sebrae-SP: a CPL da Construção Civil de São Carlos, gerida pela Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos (AEASC), e a CPL do Turismo Gastronômico de Rio Claro, sob gestão da Associação Comercial e Industrial de Rio Claro (Acirc).

Esta é a primeira etapa do processo de reconhecimento das CPLs no Estado de São Paulo. O programa tem como objetivo oferecer melhorias por meio de orientação técnica, mentoria, fomento e outras formas de suporte por parte do Governo do Estado.

Entre os pontos positivos da CPL da Agricultura Familiar, apontados no edital, estão propostas integradas com os princípios ESG. “As estratégias de expansão e fontes de receita são bem estruturadas, assim como as ações de inovação e os impactos socioambientais, que demonstram alinhamento com princípios ESG. As metas são bem definidas e os indicadores apresentam boa correlação com as ações propostas”, aponta o parecer técnico.

A proponente da CPL é a Cooperativa de Apicultores e Agricultores Familiares de Araras e Região (COAAF), e esta foi a primeira vez que a entidade decidiu participar de um edital voltado a Cadeias Produtivas Locais.

“A COAAF já apresentava características muito fortes para participar da seleção. São mais de 100 apicultores e agricultores reunidos em uma estrutura que não apenas produz, mas agrega valor por meio do beneficiamento de alimentos, fornecimento para merenda escolar, atuação no varejo e promoção de capacitações. A cooperativa movimenta a economia local e regional de forma significativa e se mostrou extremamente apta para participar do edital”, destacou o analista de negócios do Sebrae-SP, Maurício Salvador.

Segundo ele, o Sebrae-SP teve uma atuação direta na elaboração da proposta. “Fizemos algumas reuniões para auxiliar na elaboração do planejamento estratégico e ajudá-los a escrever o projeto. Esse relacionamento, contudo, já vem de outras ações: levamos os agricultores para a Agrishow, para a Feira do Empreendedor — onde viabilizamos até um estande para exposição de produtos. Também promovemos capacitações e apoiamos o desenvolvimento da gestão, fornecendo informações sobre diversos assuntos que vão desde controles internos até relacionamento com o mercado. Tudo isso fortaleceu a maturidade da cooperativa”, afirmou.

O vice-presidente da COAAF, Ivanil Fernando Pavan, contou que o primeiro contato com a proposta veio por meio do Sebrae-SP, durante um evento. “Estávamos em uma feira em Ribeirão Preto quando conheci o Luís Adriano Alves, do Sebrae, que me apresentou o conceito de CPL e as possibilidades de investimento em projetos. Aquilo me despertou muito interesse. Depois, quando saiu o edital, procurei o Maurício e, a partir daí, o Sebrae nos deu total apoio”, relatou.

Segundo ele, o envolvimento do Sebrae foi decisivo. “O Maurício literalmente se sentou ao meu lado, orientou, deu o caminho e nos norteou em cada etapa. Sem esse suporte, não teríamos conseguido chegar até aqui”, ressaltou.

A aprovação no edital foi recebida com entusiasmo. “Ficamos surpresos e muito felizes ao ver nossa CPL reconhecida. Estamos divulgando a notícia entre os associados e percebemos um grande interesse e curiosidade em torno do assunto. Nossa expectativa agora é seguir tudo corretamente, sem falhas, e avançar para conquistar um bom nível de maturidade — e, quem sabe, captar recursos”, finalizou.

Próxima etapa
No segundo semestre, as CPLs serão classificadas em diferentes níveis de maturidade, que vão desde aglomerados produtivos em estágio inicial até cadeias maduras. Elas são compostas por micro, pequenas e médias empresas que cooperam entre si, conquistando acesso a novos mercados, apoio de entidades públicas e privadas, além de ampliar a competitividade e a qualificação dos colaboradores.

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