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Com o objetivo de conhecer as particularidades e boas práticas da primeira região do País a ser oficialmente reconhecida como Indicação Geográfica, o Sebrae-SP esteve no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), entre os dias 29 e 31 de março, com uma comitiva liderada por profissionais do Sebrae no Vale do Ribeira e com a participação de analistas e consultores de outras regiões do Estado também envolvidos em projetos de Indicação Geográfica.
Desde 2021, o Sebrae-SP subsidia projetos no Estado. A entidade selecionou 12 arranjos produtivos locais de destaque a partir de um diagnóstico sobre o potencial de cada um para avançar como um projeto de Indicação Geográfica. A partir deste momento, contratou O Instituto Federal São Paulo (IFSP) para o fornecimento de assessoria técnica junto aos produtores para construir o pedido de Indicação Geográfica no período de três anos, de acordo com as normativas do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Os 12 projetos no momento são: Banana do Vale do Ribeira; Pupunha do Vale do Ribeira; Vinicultura em Jundiaí; Café de Garça; Café do Circuito das Águas Paulista; Cachaça do Circuito das Águas Paulista; Batata Doce de Presidente Prudente; Café de Pacaembu; Café do Vale da Grama; Figuras de Taubaté; Mel do Vale do Paraíba Paulista; e Café de Torrinha.
No primeiro dia de missão (29/03), o foco foi conhecer as Indicações Geográficas nas prateleiras do turismo rural e associativismo. No segundo dia (30/03), a comitiva do Sebrae-SP conheceu a certificação dos produtores e agroindústria e como se dá a vivência com empresas certificadas como Indicação Geográfica com denominação de origem. Por fim, no último dia (31/03), o foco foi a diversificação de associados do Vale dos Vinhedos e a conexão e vivência de todos os elos das cadeias produtivas.
Por ter dois projetos de Indicação Geográfica em andamento em SP, banana e pupunha, o Sebrae do Vale do Ribeira liderou a missão com a presença do consultor Ricardo William; da gestora de território Regiane Rabello; do gestor de Indicação Geográfica e Agronegócio Anderson Lima; e pela gerente regional Michelle Santos. Além deles, o Sebrae-SP esteve com representantes de todas as outras regiões, como São João da Boa Vista, São José dos Campos, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Jundiaí e São Carlos. Marcaram presença, ainda, representantes da Abavar, Cooper Central, Sindicato Rural de Miracatu, Senar, IFSP e Agropolo Vale de São José dos Campos.
Na visão da gerente regional do Sebrae-SP no Vale do Ribeira, Michelle Santos, as Indicações Geográficas ajudam na preservação da biodiversidade, do conhecimento e dos recursos, além de contribuir para o desenvolvimento econômico da região. “O reconhecimento como Indicação Geográfica agrega valor aos produtos diferenciando-os dos demais, estimulando investimentos na área com valorização das propriedades, favorecendo o aumento do turismo, do padrão tecnológico e da oferta de empregos, além de fidelizar os consumidores e melhorar a comercialização local, nacional e até internacional”.
Sobre a Indicação Geográfica
A Indicação Geográfica (IG) é um reconhecimento de que uma determinada região se tornou conhecida pela extração, produção ou fabricação de um produto ou pela prestação de um serviço (modalidade chamada de Indicação de Procedência), ou então por um produto ou por serviços cujas qualidades e características se devam exclusivamente ou essencialmente ao meio geográfico (modalidade chamada de Denominação de Origem). Casos famosos de Indicação Geográfica são a Champagne, o Vinho do Porto, o Queijo Canastra, entre outros.
