Acesse o Portal Sebrae
Um encontro em Piracicaba reuniu representantes das cadeias produtivas locais (CPLs) de toda região para troca de conhecimentos e articulação de parcerias. O evento no Pecege teve o intuito de promover o encontro das pessoas que estão à frente das cadeias da região para alinharem ideias e se conectarem, além de auxiliar os gestores na preparação do edital de fomento.
As CPLs são aglomerações de empresas de uma mesma região que apresentam especialização produtiva, algum tipo de governança e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros, tais como: governo, associações empresariais, sindicatos patronais, entidades de classe, instituições de ensino e pesquisa. A região de Piracicaba conta com 13 cadeias produtivas locais reconhecidas pelo Governo Estadual, em setores diversos.
A maioria das CPLs da região tiveram representantes no encontro desta quarta. Além de conectar os líderes das cadeias, o evento também apresentou cases de sucesso de integração entre CPLs de outras regiões do estado, mostrando a importância da atuação em conjunto.
A consultora de negócios e gestora estadual dos programas relacionados às CPLs no Sebrae-SP, Flávia Florêncio, esteve presente e explicou que a organização em cadeias e foco no coletivo, onde todos os elos se ajudam e se apoiam, gera ganhos muito maiores do que os esforços individuais. Isso impulsiona o progresso de toda a comunidade e o desenvolvimento regional, segundo ela.
“As cadeias produtivas locais trazem um desdobramento para todo o território. Isso porque atores importantes se unem em torno de uma agenda estratégica, em torno de um objetivo comum, um adensamento setorial, uma proposta de valor para um território, seja ele focado em agro, indústria, comércio, serviço ou turismo.”
Ela afirma, ainda, que um encontro como esse é importante porque reúne as pessoas que atuam para o desenvolvimento regional – e é importante que conectem entre si. “Eles precisam entender esse valor, o papel deles e se conectar. Precisam ganhar força, dar as mãos, ver as boas práticas, o que cada cadeia produtiva local colabora para as outras, enfim, os ganhos coletivos são muito mais fortes do que os individuais”, argumenta.
Conhecimento compartilhado
O empresário Ivan Correr foi ao encontro justamente com intuito de conhecer mais sobre os demais segmentos e a experiência das outras cadeias da região. Ele representou a CPL do Turismo Tirolês, que foi reconhecida pelo Governo Estadual este ano e está em fase de análise de maturidade.
“A colônia tirolesa em Piracicaba é formada por dois bairros distantes do Centro, e nós conseguimos preservar a cultura e as tradições. A ideia da CPL do Turismo Tirolês é integrar o que nós temos hoje de organizações na colônia, como as associações dos moradores e estabelecimentos. A cadeia vai ao encontro de unir toda a parte da governança, o que já existe, em um único caminho, em um único foco, para conseguir traçar e fortalecer outros projetos”, explica.
“O encontro foi um aprendizado, porque é a primeira vez que nós vamos ver o resultado de outras CPLs, ver o que já foi feito, o que nós podemos fazer, trocar informações com outras cadeias. Eu acho que isso é importante para que a gente possa estruturar a nossa cada vez mais, pensando sempre no desenvolvimento da colônia, para preservar a nossa cultura e a nossa tradição”, completa.
Outra cadeia que marcou presença no encontro foi a CPL da Bioeconomia de Piracicaba e região, que integra os meliponicultores, e Carlos Jesus de Souza representou o grupo no encontro. “Nosso intuito é divulgar a criação e a preservação das abelhas nativas no Brasil com foco do nosso bioma”, explica. Como a cadeia também foi reconhecida este ano pelo Governo Estadual, o grupo buscava trocar experiências com outras CPLs.
“É tudo muito novo para nós, e queremos ampliar a nossa atuação junto aos demais municípios que correspondem à região metropolitana de Piracicaba, trazer mais pessoas para fazer parte da CPL. Então ouvir o pessoal que já tem a cadeia reconhecida há mais tempo, mesmo de outros setores, é bacana trocar essa experiência. Conhecendo as cadeias mais antigas, nós conseguimos adquirir conhecimento e trazer o que é bom para a nossa”, argumenta.
