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O Ginga Afrotech Hub, uma iniciativa do Sebrae-SP voltada para pessoas empreendedoras negras na área de tecnologia, alcançou a marca de 96 startups atendidas em seus dois programas em 2023: Ginga Prototipa e Ginga Imerso.
Os resultados mostram que, ao fazer um recorte racial, o Ginga conseguiu atender a pessoas com outros marcadores de diversidade. Além de serem compostas por 81% de empreendedores pretos e 19% pardos, as 96 startups contavam com 57% de mulheres entre sócios e fundadores, além de 36 pessoas da comunidade LGBTQIAPN+.
A proposta do Ginga surgiu a partir de dados indicando que apenas 24,6% das startups do ecossistema de São Paulo são lideradas por pessoas negras, de acordo com estudos divulgados pela BlackRocks Startups e Bain e Company. Além disso, apenas 49% das startups nesse perfil conseguiam apoio de agentes externos, em um cenário em que 78% dos agentes têm preferência em acessar apenas negócios indicados por sua rede.
“O Ginga é a resposta que o Sebrae-SP encontrou para fortalecer o ecossistema de startups lideradas por pessoas negras no Estado de São Paulo, a partir de uma experiência bem-sucedida com o programa Black Start, em 2022. E para que esse fortalecimento aconteça, é fundamental que os nossos projetos sejam capazes de ligar todos os pontos, desde o momento da ideação até o acesso ao mercado”, diz Daiane Almeida, gestora do Ginga.
O programa Ginga Prototipa foi formatado para apoiar os empreendedores no processo de validação de seus MVPs (produto viável mínimo). Tem duração de seis meses e oferece encontros de conteúdo e mentorias individuais. No total, foram mais de 990 horas de mentorias e capacitações durante o ano, resultando em 57% dos negócios validados e 35% de aumento no faturamento das startups.
Já o programa Ginga Imerso é voltado para startups com faturamento e que querem melhorar seus indicadores de competitividade. Com duração de sete meses, o programa oferece trilha de conteúdo com foco em gestão e melhoria dos indicadores técnicos e trilha personalizada. Das 36 startups apoiadas até o momento, 75% tiveram aumento de faturamento e três estão em processo de internacionalização.
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Cases de sucesso
Algumas histórias de sucesso já se destacam entre os participantes do Ginga Afrotech Hub. É o caso de Pamela Cavalcanti, cofundadora da Beeto, uma plataforma de automatização de processos que transforma planilhas em sistemas personalizados para empresas. A empreendedora participou da primeira edição do Ginga Imerso e refinou o modelo de negócio, e também foi selecionada para o programa “Do Silêncio ao Silício”, que vai levar pessoas negras e de áreas periféricas para uma imersão no Vale do Silício, nos EUA.
Já o empreendedor Caíque Nucci, com pouco mais de um ano de apoio do Sebrae-SP por meio do Ginga, está com seu produto no mercado, com faturamento, participação no programa de aceleração internacional Latitud e com a primeira rodada de captação de investimento aberta. Nucci é fundador da Complete Magazine, uma revista “phygital” que une o digital ao físico para gerar experiências de compra imersivas para clientes de marcas de moda.
Para outras informações sobre os programas do Ginga Afrotech Hub, basta acessar www.gingaafrotechhub.com.br.
