O Sebrae está presente da Expo Favela, feira de negócios que tem por objetivo reunir e dar visibilidade para empreendedores e startups de favelas. O encontro teve início nesta sexta (17/3) e acontece até domingo no espaço de evento WTC, localizado num dos principais centros financeiros da capital paulista.
A abertura contou com a presença do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; da secretária de Cultura do Governo de São Paulo, Marilia Marton; do presidente do Sebrae, Carlos Melles; do fundador da CUFA e diretor-geral da Expo Favela, Celso Athayde; entre outras autoridades.
“O que todo mundo quer da vida é ser feliz. E esse ambiente de harmonia é fundamental para isso. Então temos que fazer girar essa roda de forma harmônica para que os negócios sejam bons para todas essas pessoas”, afirmou Ricardo Nunes.
Para Melles, o entusiasmo é peça fundamental para todos os empreendedores. “Quem empreende sempre tem entusiasmo. E quem tem entusiasmo tem Deus no coração. Nosso maior desafio lá atrás era formalizar essas pessoas. E hoje o Brasil é um país de formalizados”, comemora.
Nos três dias de evento, o Sebrae estará presente com um stand para atendimento a pessoas que já tem negócios ou desejam iniciar sua jornada empreendedora. Durante a programação, especialistas da instituição também participam de palestras com temas ligados a empreendedorismo.
Sonho de moradores de favela é ter próprio negócio
Durante a abertura, o Data Favela divulgou os dados de sua mais recente pesquisa que traz um raio-x das comunidades em todo o país e mostra quais os sonhos da população destes locais. De acordo com as informações apresentadas, o maior sonho profissional dos moradores da favela é empreender, com 35% das respostas.
Ainda de acordo com o estudo, se as favelas brasileiras formassem um estado, seria o 3º maior do Brasil em população. São estimados 5,8 milhões de domicílios em favelas com 17,9 milhões de moradores. Desse total, 5,2 milhões já empreendem, 6 milhões sonham ter um negócio próprio, e 7 em cada 10 pretendem abrir o empreendimento dentro da favela. Apesar dos números expressivos, apenas 37% dos empreendimentos são formalizados e possuem um CNPJ.