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O comportamento do consumidor está mudando, e 2026 deve marcar um ano decisivo para micro e pequenas empresas. Segundo Fausto Lúlio, consultor de negócios do Sebrae-SP, o cliente se tornou mais intencional, cauteloso e guiado por confiança. Este é um movimento que exige estratégias mais humanas e transparentes por parte dos empreendedores.
Fausto destaca que as MPEs sentirão diretamente os efeitos dessa nova postura de consumo. “A personalização será a principal vantagem competitiva dos pequenos negócios. O cliente quer ser reconhecido, ouvido e atendido com clareza. Confiança agora é construída com transparência e consistência na entrega”, afirma.
Para acompanhar esse cenário, o consultor reforça que a simplicidade operacional será determinante. Ele explica que mapear a jornada de compra, reduzir atritos, comunicar preços e prazos com objetividade e automatizar processos repetitivos fortalece a percepção de profissionalismo. “Simplicidade, quando bem aplicada, vira diferencial competitivo. Ela facilita a vida do cliente e aumenta a confiança em um mercado cada vez mais exigente”, observa.
O consumo consciente também deve crescer em 2026, e, de acordo com consultor, os pequenos negócios têm uma vantagem natural nesse movimento: autenticidade. O especialista afirma que mostrar e focar nos bastidores, explicar processos de produção e revelar a história da marca aproxima o cliente e reforça transparência.
Práticas sustentáveis proporcionais ao tamanho da empresa, como redução de desperdícios e uso de fornecedores locais, também serão altamente valorizadas. “O consumidor quer coerência. Não é necessário perfeição, mas propósito claro e atitudes reais”, comenta. Para ele, atendimento empático e pós-venda resolutivo continuam a reforçar valores e ajudam a construir uma comunidade em torno da marca.
Outro ponto essencial para 2026 será o uso estratégico da inteligência artificial. Ferramentas de automação, atendimento e gestão se tornaram acessíveis e deverão fazer parte da rotina das MPEs. “A IA permite automatizar atendimento, gerar conteúdo de marketing, organizar finanças e personalizar ofertas. Para pequenos negócios, pode ser o divisor entre paralisar e crescer”, afirma.
Chatbots, assistentes virtuais, sistemas de gestão com previsão de demanda e automação administrativa aparecem entre as aplicações mais impactantes.
Fausto também aponta que bem-estar e busca por equilíbrio ganharão espaço nas decisões de compra. Para não cair em modismos, ele orienta que os empreendedores foquem em experiências reais: “Em um mercado exausto, empresas que tratam pessoas como pessoas se destacam”, resume.
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