O ramo de marmitas está em alta no Estado de São Paulo. Pesquisa do Sebrae-SP mostra que o número de pequenos negócios voltados ao fornecimento desse tipo de produto passou de 13.114 em 2018 para 97.270 ao final de 2023. O crescimento representa a criação de 84.156 empreendimentos no período, um aumento médio anual de 49%. Este ano tendência continua: até março (dados mais recentes), já são 98.007 empreendimentos do tipo.
O levantamento verificou também as preferências do consumidor. Nesse sentido, mostrou que as refeições mais procuradas em marmitas são os pratos tradicionais, mencionados por 73% dos entrevistados. Os alimentos saudáveis vêm em segundo lugar, com 61% das citações, e 56% optam por refeições de culinária específica ou internacional.
Como complemento do pedido, 73% dos consumidores disseram pedir bebidas como água suco, refrigerantes e vitaminas; 18% optam por sobremesas como frutas e doces e 14% incluem saladas e pães.
A maior parte dos consumidores, isto é, 63%, gasta, em média, entre R$ 20 e R$ 30 por refeição, O pagamento de 89% é feito via PIX; 68% com vale-alimentação e 54% com cartão de crédito.
“A alimentação fora do lar movimenta R$ 60 bilhões por ano no Estado de São Paulo e envolve 436 mil pequenos negócios, entre eles os que fornecem marmitas. Para quem pretende empreender ou já está no ramo, conhecer as preferências e o comportamento do consumidor é fundamental para ajustar sua atuação e ter um melhor desempenho nesse mercado que, por sinal, é bem concorrido”, afirma coordenadora de pesquisa da Unidade Gestão Estratégica do Sebrae-SP Carolina Fabris.
Cerca de metade dos consumidores (49%) afirmou consumir marmitas de duas a três vezes por semana e a sexta-feira é o dia de maior demanda, com 70% das respostas dos entrevistados. O segundo dia com maior procura por marmita é o sábado (54%), seguido da quinta-feira (51%).
O pedido costuma ser feito principalmente por meio de aplicativos de entrega (82%) e restaurantes (79%). Os sites especializados em marmitas recebem 28% das solicitações.
A motivação para pedir vem em primeiro lugar pela praticidade e economia de tempo, segundo 77% dos entrevistados; 45% afirmaram ter essa opção para evitar desperdício.
Metodologia
A pesquisa foi feita com 400 pessoas do Estado de São Paulo, com 18 anos ou mais, por e-mail. A amostra é proporcional à população por localidade, o que inclui o município de São Paulo, demais cidades da região metropolitana de São Paulo e interior, faixa etária e classe econômica, considerando as projeções de população do IBGE para 2020 e a população por classe de consumo, conforme o IPC Maps 2020 (IPC Marketing Editora).