O número de empresas voltadas ao segmento pet na região de Franca cresceu 98,7% nos últimos seis anos, conforme levantamento do Sebrae-SP, com base em dados da Receita Federal. Os dados incluem Microempreendedores Individuais (MEIs), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Franca, Batatais, São Joaquim da Barra e Ituverava são as cidades que registraram as maiores altas.
Em 2018, nas 19 cidades de abrangência do Escritório Regional do Sebrae-SP em Franca havia 463 empresas do segmento. Em 2024, o número pulou para 920, uma crescente de 98,7%.
A pesquisa envolve cinco atividades: comércio varejista de medicamentos veterinários, comércio varejista de animais vivos e artigos e alimentação para animais, atividade veterinária, alojamento de animais domésticos e higiene e embelezamento de animais domésticos.
Lucas Castejon, há três anos no mercado com a startup Cuk.Pet, comenta essa ampliação no número de empresas pets. “O aumento das vendas de pets, como cachorros, gatos e coelhos, contribuiu para o crescimento de pets dentro dos lares, o que causou um aumento na demanda por banhos e tosas, fazendo com que este mercado fique fomentado, onde muitos empresários querem iniciar nesta área de pets e fazem cursos para empreender no setor”, explicou Lucas.
“As famílias, querendo menos filhos e mais pets, ou quando têm filhos querem pets para os filhos, e há ainda lares com mais de um pet, isso contribuiu para este aumento de quase 100% nesse crescimento”, concluiu Lucas.
Isabela Nocera Santiago, proprietária da Bela Pet, iniciou seus serviços de banho e tosa em uma chácara da família há um ano e meio. Agora, com seu próprio espaço, ela expande seus negócios, oferecendo também petiscos e produtos para pets.
Segundo Ritiely Henrique, empresário que está no ramo há dez anos e começou com banho e tosa, e hoje também ministra cursos sobre o serviço, o segmento pet tende a crescer vez mais. “É uma área com grandes oportunidades de negócio e o crescimento só aumenta. Tenho uma demanda muito boa no meu pet. Hoje, não tenho loja, somente banho e tosa e uma escola de cursos sobre a área”, finalizou.
O consultor de negócios do Sebrae-SP Jorge Zanetti, analisa esse aumento como uma mudança no comportamento no setor. “Em resumo, a combinação de fatores socioeconômicos e mudanças comportamentais transformou o setor pet em um dos mais dinâmicos da economia brasileira. Podemos destacar cinco fatores para tal crescimento: humanização dos pets, aumento da renda, envelhecimento da população, urbanização e a pandemia, que intensificou o vínculo entre pessoas e pets”, finalizou.
Mercado Pet no Estado
Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae-SP, pequenos negócios do mercado pet no Estado de São Paulo tiveram um crescimento médio anual de 17% ao ano, entre 2018 e 2023. Em 2018 havia 29.062 pequenos negócios no mercado pet. Em 2023, eram 64.109 pequenos negócios.
Entre os consumidores que compram de pequenos empreendedores, 67% compram produtos para pets entre 15 e 30 dias, sendo 32% quinzenalmente e 35% mensalmente. Já quanto à forma da compra, 51% realizam as compras presencialmente e 31% compram a maior parte presencialmente e um pouco pela internet.
Com relação ao gasto, 51% dos consumidores em pequenos negócios gastam entre R$ 101 e R$ 300 por mês. Os principais itens adquiridos pelo consumidor em pequenos negócios são: alimentação (96%), saúde (71%) e higiene (54%).