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O ‘país’ São Paulo tem a 5ª maior taxa de empreendedorismo total do mundo

Com 31,4% da população adulta envolvida em um negócio próprio, o Estado está à frente do próprio Brasil e de nações desenvolvidas
Por Sebrae-SP
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Quando comparado a países, o Estado de São Paulo ocupa o quinto lugar no ranking que mede a taxa de empreendedorismo total entre nações. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a taxa paulista registrada em 2021 é de 31,4%, o que representa a parcela da população adulta do Estado envolvida com negócios nas fases de manutenção ou criação. O índice está acima, inclusive, do próprio Brasil, que apresenta 30,4% no indicador.

O país com a maior taxa de empreendedorismo total é a República Dominicana (45,2%). O segundo lugar fica com o Sudão (41,5%), seguido por Guatemala (39,8%) e Chile (35,9%). São Paulo está mais bem colocado do que Canadá (27,4%, nono lugar, no ranking considerando São Paulo), Estados Unidos (24,5%, 15ª posição) e Reino Unido (17,5%, 25º posto).

Os 31,4% representam, em números absolutos, 9,74 milhões de pessoas com atividades empreendedoras em 2021. Em 2020, o porcentual era de 30,8%, configurando um ligeiro aumento de um ano para outro, portanto.

“O resultado da pesquisa, com São Paulo em quinto lugar na comparação com países, reafirma a vocação do Estado para o empreendedorismo”, diz o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit. “Assim como constatar a boa colocação, é preciso lembrar que São Paulo oferece condições – infraestrutura, recursos tecnológicos, mercado amplo e força de trabalho variada – para se montar o próprio negócio com qualidade, caracterizando o Estado como um centro de oportunidades e possiblidades. Isso é muito bom para a economia paulista e brasileira, já que o que se faz em São Paulo tem reflexo para além de suas divisas.”

O aumento do empreendedorismo total foi puxado pelo aumento no empreendedorismo estabelecido, aquele com mais de três anos e meio em atividade, que foi de 10,0% em 2020 para 12,4% em 2021 em São Paulo.

O dado indica que os empreendimentos que existiam há mais tempo tiveram maior sobrevivência, compensando a redução de 21,2% (2020) para 19,2% (2021) dos empreendedores iniciais (aqueles com até três anos e meio no mercado ou que tomaram medidas para empreender em até um ano).

Novamente, na comparação de São Paulo com países, o Estado ocuparia a quarta colocação no que diz respeito à taxa de empreendedorismo estabelecido, também à frente do Brasil (9,9%, na oitava posição, no ranking considerando São Paulo). A Coreia do Sul é o país com maior taxa nesse item (16,4%), seguida por Grécia (14,7%) e Guatemala (12,7%). A soma dos empreendedores iniciais e estabelecidos resulta nos empreendedores totais.

Poit destaca que a sobrevivência maior dos empreendimentos sinaliza uma busca por conhecimento e qualificação pelos donos e donas de negócios. Em 2021, o Sebrae-SP registrou aumento de 49% em seus atendimentos na comparação com ao ano anterior. A procura por informação e orientação se intensificou tanto no modelo presencial quanto no digital. “O Sebrae-SP realizou no ano passado 4,1 milhões de atendimentos; em 2020, foram 2,7 milhões, entre consultorias e cursos presenciais e a distância”, ressalta o diretor-superintendente.

Além do aumento quantitativo, o público fez uma avaliação extremamente positiva do Sebrae-SP em 2021. De acordo com o Net Promoter Score (NPS), metodologia mundialmente utilizada para medir a satisfação dos clientes de uma empresa e o quanto eles a recomendariam, o Sebrae-SP atingiu a pontuação de 83,8 em uma escala até 100.

Digitalização

A pesquisa GEM revelou ainda a aceleração do processo de digitalização das empresas durante a pandemia. De acordo com o estudo, 40,4% dos empreendimentos estabelecidos, 48,9% dos nascentes e 33,6% dos novos buscaram implantar com mais rapidez tecnologias ou passaram a fazer uso delas no período. Os nascentes são os que estão até três meses no mercado ou que realizaram ações para empreender no horizonte de um ano. Os novos são os empreendedores entre três meses e três anos e meio de existência. Ambos compõem os empreendimentos iniciais.

Metodologia

A pesquisa GEM São Paulo 2021 foi realizada com uma amostra de duas mil pessoas da população adulta (18 a 64 anos) do Estado de São Paulo. O levantamento foi feito de julho a outubro de 2021. No Estado a pesquisa foi realizada pelo Sebrae-SP e pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). O projeto GEM é coordenado por um consórcio internacional, com a liderança da Babson College (EUA). Além de São Paulo, em 2021 a pesquisa com a população adulta foi realizada em 47 países.

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